COMO EXECUTAR JARDINS VERTICAIS ESPETACULARES?

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9 Aspectos para avaliar a Qualidade das Plantas na hora da compra e garantir o melhor Jardim Vertical

Será que qualquer tipo e qualidade de planta podem compor os jardins verticais?

Sabemos que o valor do jardim vertical é alto, então não dá pra escolher as plantas de qualquer jeito. Seu cliente quer e merece um serviço e produtos de alta qualidade. Isso quer dizer que a escolha deve ser cuidadosa e um desses cuidados é estar atento(a) à qualidade da planta. No entanto, qualidade não é sinônimo de preço alto, ou seja, não significa que você vai colocar no seu vertical apenas plantas caras, isso porque a qualidade diz respeito aos cuidados antes e após à compra, bem como na confiança no seu fornecedor.

Mas, como saber se uma planta é de qualidade? Esse fator pode ser observado pela aparência e tamanho. A aparência verde e firme, ou seja, sem a coloração amarelada ou folhas queimadas/secas, revela que a manutenção no cultivo é respeitada, de forma que ao replantar no seu vertical você obterá plantas desenvolvidas e saudáveis. Além disso, plantas volumosas não devem estar ralas, mostrando que a planta atingiu ou está atingindo o desenvolvimento esperado. Portanto, elas devem ser vigorosas, cheias e com aquele verde brilhante vivo, demonstrando saúde para compor seu vertical.

Nesse sentido, é preciso tomar cuidado com plantas que seguem as seguintes características:

  1. Plantas estressadas, murchas: Elas podem não se recuperar ou levar meses para isso. Por isso, cuidado com supostas “barganhas” e pontas de estoque. Plantas que estão há muito tempo no ponto de venda, tendem a ficar estressadas.
  2. Folhas com buracos, roídas, podem indicar presença de lesmas, caramujos ou lagartas e além de não terem um bom desenvolvimento podem contaminar o seu jardim vertical inteiro, assim como a casa do seu cliente. Procure por insetos escondidos sob as folhas (cochonilhas, pulgões), eles podem prejudicar o vertical por completo, mesmo que presentes em somente uma planta, pois se espalham rapidamente.
  3. Folhas com manchas descoloridas, marrons, enegrecidas ou avermelhadas. Além de pragas, corremos o risco de levar alguma doença viral, fúngica ou bacteriana para o vertical. Cuidado para não confundir as manchas foliares (presença de doenças, fungos) com variegação (zonas de coloração distinta nas folhas) ou soros (em samambaias). Algumas manchas também são causadas por deficiência nutricional, e apesar de não interferirem muito no vertical, denotam descuido do produtor.
  4. Folhas distorcidas, encarquilhadas (doenças virais, deficiência nutricional), podem morrer rapidamente e se disseminar pelo vertical.
  5. A planta tem múltiplos caules, ou somente um? Ao identificar esse fator, identifica-se também qual irá fechar o vertical mais rapidamente, no caso a que tiver múltiplos caules.
  6. Presença de teias finas sob as folhas ou ao longo dos caules (ácaros).
  7. Observe colo (união entre o caule e raíz). Colo amolecido ou quebrado, indica que a planta foi mal manejada, seja no transporte, no viveiro, ou até mesmo pelo instalador.
  8. As raízes saudáveis são claras. Tire a planta do vaso e observe cuidadosamente procurando cochonilhas de solo e sintomas de nematoides, como engrossamentos irregulares. Evite raízes enoveladas ou saindo pelo furo de drenagem, característica de planta velha, que já está há muito tempo no mesmo vaso, sem replantio.
  9. Plantas daninhas presentes evidenciam falta de cuidado com o substrato, ou que está a muito tempo no fornecedor.

E como tem que ser a planta para o jardim vertical?

Ao pensarmos no vertical, pensamos diretamente na aparência de mata com muita beleza verde, no entanto para atingir esse resultado não é preciso somente saber projetar um bom vertical, mas também escolher as espécies corretas, bem como distribuí-las estrategicamente. Essa escolha é um dos passos mais importantes na execução do vertical, pois ela impacta diretamente no tempo que levará para o jardim vertical atingir a beleza.

Nesse sentido, deve-se levar em conta o porte da planta, as necessidades hídricas, o tipo de iluminação que ela deve receber e como ela deve ser plantada. Assim, ao escolher uma muda jovem de Costela-de-adão, por exemplo, leve em consideração que ela irá demorar muito para crescer, podendo decepcionar o seu cliente, que esperava uma beleza verde com aspecto adulto em cerca de 3 meses. Portanto, é necessário levar em conta as características das plantas para o vertical, que devem ser:

a) cheias: preenchem o vertical e dão um aspecto bonito.
b) pendentes: preenchem o vertical, cobrindo os módulos.
c) perenes: com ciclo de vida longo, ou seja, que não vão necessitar replantio em poucos meses, evitando manutenção excessiva.
d) folhas atrativas: com recortes, brilho, formato, texturas, variegações, de forma que seja possível utilizar a criatividade para compor o melhor design para o seu cliente.

É interessante salientar que podemos ter muitas exceções à regra e jardins verticais com plantas que não seguem essas características. Leve em consideração, no entanto, que devemos evitar a utilização de plantas com cuidados muito específicos, como orquídeas ou plantas carnívoras por exemplo. Lembre-se que o cuidado com as plantas no jardim vertical é “massificado”, ou seja, todas recebem o mesmo substrato, a mesma irrigação e adubação, com algumas diferenças relacionadas com a altura em que as plantas se encontram no jardim vertical.

Adaptação das plantas ao vertical

Desde as escolhas das plantas até a compra não é tão difícil lidar com elas, mas é preciso considerar alguns fatores que influenciam na sua adaptação às condições do jardim vertical. Assim, quando a planta ainda está no fornecedor, ela está adaptada às condições daquele ambiente, considerando a irrigação, os nutrientes, a iluminação e a temperatura, ou seja, para ela é um ambiente perfeitamente controlado e que atende às suas necessidades. Ao ser transportada até a obra, ela é retirada de sua “zona de conforto”, de forma que passará por um período de estresse até se adaptar às condições do vertical, o que leva cerca de 3 meses. Esse período pode ser mais curto no verão e ainda mais longo no inverno.

Assim, quando plantada no jardim vertical a planta ainda estará em período de estresse, de forma que precisará de tempo para se adaptar às novas condições de vida. Portanto, considerando que o período de estresse da planta vai desde a retirada do viveiro, passando pelo transporte, distribuidor, fornecedor até o replantio no vertical, é preciso ter cuidado redobrado com o manejo delas. Isso significa que você precisa considerar a data de entrega (e fazer um ótimo acerto com o fornecedor), para receber as plantas no mesmo dia do plantio, de forma que elas não sofram ainda mais no ambiente da obra. Se você as receber antes, elas ficarão num canto recebendo poeira, muita (ou pouca) iluminação e pouca água, entre outros fatores prejudiciais.

Dessa forma, é preciso trabalhar sempre com um bom planejamento e boas parcerias com os fornecedores para que você garanta um vertical bem projetado, com plantas saudáveis e vistosas, com o desempenho que você e seu cliente merecem.

Redação: Bruna Camargo Correa

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