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Irrigação de floreiras em fachadas: Uma tendência que veio para ficar

Prédio com floreiras na fachada e varandas
O mercado de construção civil já entendeu que o “verde” não é somente ecológico, ele vende muito.

Basta olhar algumas imagens de divulgação dos lançamentos imobiliários atuais para perceber que os prédios de alto padrão tem algo em comum: muito verde por toda a fachada. A biofilia, conceito que traz a natureza para os ambientes, chegou com tudo para transformar a arquitetura contemporânea. Se antes as floreiras dos prédios eram uma forma dos moradores praticarem um pouco de jardinagem, hoje elas fazem parte da área comum do condomínio e são mantidas por eles. A vegetação está totalmente integrada à proposta estética da fachada e não pode ser modificada pelo morador.

Foi assim que de repente as construtoras se depararam com um desafio: como incorporar essas plantas ao longo de todos os andares garantindo sua sobrevivência ao longo dos anos. É completamente impossível manter essas plantas vivas somente contando com a água da chuva ou com a boa vontade dos moradores em regá-las na frequência correta. E a solução deste problema é uma só: um sistema de irrigação automático.

O desafio da irrigação automática

Floreiras em fachadasUm sistema de irrigação não pode ser corretamente dimensionado pelos mesmos engenheiros que elaboram o projeto hidráulico do edifício: é preciso levar em conta fatores como a evapotranspiração das espécies de plantas escolhidas, clima, estações do ano, orientação solar, dentre outros fatores que só quem trabalha com plantas poderá avaliar. E é aí que entram as empresas especializadas em sistemas de irrigação paisagística.

Dada a complexidade de se levar a água para floreiras em todos os andares utilizando um único sistema, é preciso elaborar o projeto de irrigação logo no início dos preparativos para a obra, e não na fase de execução do paisagismo, como se poderia pensar (e o que geralmente vem acontecendo). A tubulação, rede elétrica, cisterna e casa de máquinas devem ser dimensionadas e integradas aos projetos arquitetônico, hidráulico e elétrico. Caso isto não seja planejado com antecedência é certeza de muito quebra-quebra, prejuízo e dor de cabeça.

Para as empresas de paisagismo a irrigação também é um desafio, visto que são raras as que dominam as técnicas de irrigação, sobretudo quando o sistema é para um edifício. E aí está uma grande oportunidade de se especializar e conquistar este mercado, pois faltam profissionais capacitados. E ao contrário do que possa parecer, não é preciso ser um engenheiro para conseguir atender estes clientes.

Muitos profissionais fogem da irrigação por acharem praticamente impossível um leigo elaborar um projeto. E eles estão certos: um projeto de irrigação requer muito conhecimento técnico.
O que poucos sabem é que o profissional que instala o sistema não precisa (nem deve) ser o mesmo que o projeta. E que qualquer empresa de paisagismo ou jardinagem pode contratar um projetista para assinar os projetos que serão vendidos às construtoras. Com o projeto em mãos e o treinamento adequado, instalar um sistema como este é muito mais simples do que parece.

O que não pode faltar em uma floreira de fachada?

Estes são os principais pontos a serem levados em consideração ao se projetar as floreiras de fachada:

  • Método construtivo: a floreira pode ser convencional, feita em concreto, ou com outro material mais leve como metal ou fibra de vidro, que por terem uma parede muito menos espessa libera área útil para uma sacada e permitem que a floreira seja deslocada para manutenção. A interferência do peso total da floreira no projeto estrutural do edifício deve sempre ficar a cargo do engenheiro civil; a empresa de paisagismo deverá apenas prover certas informações para que o profissional responsável possa realizar os cálculos;
Floreiras de fibra de vidro em fachada de prédio
Exemplo de floreira em fibra de vidro utilizada no Edifício Ícaro Jardins da Graciosa em Curitiba, Paraná.
  • Sistema de irrigação: quase sempre o sistema de irrigação para floreiras será feito por mangueiras de gotejo, podendo ela ser superficial ou enterrada. O projeto de irrigação definirá o melhor espaçamento. Aspersores podem ser utilizados em alguns casos para telhados verdes ou floreiras maiores, mas deve-se levar em conta que o vento poderá causar a deriva das gotículas de água, impedindo-as de chegar ao substrato como esperado. É importante salientar que, como empresa especializada em sistemas de irrigação, nosso projeto nunca irá determinar o percurso que a tubulação percorrerá no interior do prédio, isso deverá ser compatibilizado pelo projeto hidráulico. O projeto de irrigação irá determinar as necessidades da casa de máquinas (reservatório, sistema de bombeamento e automação) e o ponto de água, elétrico e de esgoto na floreira. Toda a adequação desses pontos ao projeto hidráulico, elétrico e arquitetônico são de responsabilidade do cliente, geralmente uma construtora.
  • Impermeabilização: ninguém deseja problemas com infiltrações ou raízes invadindo apartamentos, por isso a impermeabilização de todo sistema de floreiras do prédio deve ser minuciosamente projetada e executada. Sua importância é tanta que um erro de execução, poderá provocar um problema estrutural de evolução silenciosa e gradual. A impermeabilização de lajes e floreiras geralmente é feita através da aplicação de mantas asfálticas, e sua especificação e execução são uma atribuição da construtora.
Manta de drenagem para floreiras
Manta Macdrain utilizada na drenagem das floreiras
    • Sistema de drenagem: o excesso de água da irrigação deve ser escoado de forma que não crie manchas em vidros ou outros revestimentos: a água deve ser direcionada para um ponto de coleta esgoto ou de água pluvial para ser reaproveitada. Outro detalhe importantíssimo é o material que será colocado na floreira para permitir o escoamento sem perder substrato. Prefira sempre mantas como o Macdrain e nunca a antiquada solução argila expandida com bidim, que é pesada, pouco eficiente e acaba entupindo os drenos.
    • Substrato: além de atender todas as necessidades nutricionais das plantas escolhidas pelo projeto paisagístico, o substrato deve ser altamente drenante e leve. É possível incorporar flocos de isopor em diferentes proporções para diminuir o peso total da mistura, sem prejudicar o desenvolvimento das raízes.
Flocos de isopor para floreiras
Exemplo de floco de isopor que pode ser incorporado ao substrato para diminuir o peso total da carga.
  • Plantas: as plantas devem ser definidas no projeto paisagístico levando em consideração as condições ambientais onde a floreira será inserida. Um dos fatores mais limitantes é o vento, que faz com que as plantas desidratem muito rapidamente, mesmo com o sistema de irrigação. Diversas espécies são adaptadas para segurar o máximo de umidade em suas folhas, como o aspargo, a clusia e o jasmim manga, por exemplo. A elaboração do projeto paisagístico e sua execução podem ou não ficar a cargo da mesma empresa que instalará o sistema de irrigação, variando caso a caso. De qualquer forma, as empresas que elaboram o projeto paisagístico, de irrigação e a empresa que fará o plantio devem trabalhar de forma alinhada para que um perfeito resultado seja alcançado.
  • Cobertura ou mulching: em alguns casos pode ser interessante utilizar algum tipo de cobertura para o substrato, como a casca de pinus ou argila expandida para protegê-lo. Essa camada diminui a perda de umidade para o ambiente e evita a erosão eólica, que é a perda de substrato pela ação do vento. Mas cuidado para que a própria cobertura também não seja levada pelo vento!

Quais são os componentes do sistema de irrigação para floreiras?

Cada situação exigirá soluções específicas, mas de modo geral podemos listar como os componentes básicos de um bom sistema de irrigação para floreiras os seguintes itens:

  • Reservatório ou cisterna: praticamente a totalidade dos clientes utilizam coleta de água pluvial para abastecer o reservatório, que é a fonte de água mais sustentável e barata. Porém nas épocas de seca, que é quando as plantas mais precisam de irrigação, esta fonte não será suficiente. Para contornar isso utilizamos uma cota mínima de água que deverá ser garantida no reservatório, que pode ser controlada através de uma boia elétrica. Sempre que o volume estiver abaixo desta cota automaticamente o reservatório será parcialmente preenchido com água da companhia de saneamento, a “água da rua”. A capacidade total do reservatório e a cota mínima serão definidos sempre pelo projeto de irrigação.
  • Bombas d'água
    Bombas d’água
  • Bomba d’água: a bomba que irá pressurizar o sistema deverá sempre ser dimensionada pelo projetista de irrigação. Uma das razões da divisão do sistema em diversos setores é a possibilidade de se utilizar uma bomba menor e mais barata daquela que seria necessária para irrigar todas as floreiras ao mesmo tempo.
  • Painel elétrico: o painel elétrico serve para proteger a bomba de oscilações de tensão, superaquecimento e trabalha em conjunto com o controlador para automatizar seu funcionamento. Podemos dizer de forma simplificada que este painel é que irá ligar e desligar a bomba, obedecendo a programação de irrigação ou protegendo-a de danos.
  • Boia elétrica: geralmente utilizamos duas boias: uma para manter o nível mínimo de água da cisterna e outra para impedir que a bomba funcione sem água, danificando-a.
Exemplos de bóia eletrica
Exemplos de bóia eletrica
    • Filtro: seja qual for a fonte de água, um filtro bem dimensionado é fundamental para impedir que impurezas obstruam o orifício de gotejo das mangueiras ou impeçam o fechamento das válvulas solenoides. Utilizamos sempre filtros de disco, eficientes e de fácil manutenção, bastando lavar os discos. Este modelo dispensa a troca de qualquer tipo de refil.
Filtro para irrigação e seu conjunto de discos, que ficam alocados em seu interior.
Filtro para irrigação e seu conjunto de discos, que ficam alocados em seu interior.
    • Controlador: é o cérebro do sistema de irrigação. Um pequeno computador onde ficam registradas as programações de frequência de acionamento do sistema. O controlador envia o comando para a válvula solenoide abrir ou fechar e para o painel elétrico acionar a bomba, conforme programação. Existem diversos modelos com diferentes números de setores. O controlador pode ter acesso à internet, o que permite seu gerenciamento à distância e também a alteração automática da programação conforme a previsão do tempo. Porém para floreiras de fachada recomenda-se o acionamento da irrigação mesmo em dias de chuva, pois é praticamente impossível que todas as floreiras, de todas as fachadas recebam água de chuva na quantidade correta. Pelo mesmo motivo é dispensado o uso do sensor de chuva. É importante ter em mente que a água não passa pelo controlador, dele saem apenas a fiação que ira fazer o comando das válvulas e o acionamento da bomba.
Conjunto controlador e painel elétrico
Conjunto controlador e painel elétrico
    • Válvulas solenoides: é um registro elétrico que será aberto e fechado sob o comando do controlador. É através delas que é feita a subdivisão do sistema em vários setores. Pode-se utilizar uma válvula por andar, uma por floreira ou conforme o projeto de irrigação determinar. Em sistemas menores as válvulas podem ser instaladas na casa de máquinas, direcionando a tubulação até cada floreira.
    • Tubulação: o famoso “cano” é o que leva a água até seu destino final. No caso de edifícios geralmente usa-se alguns poucos tubos na vertical (chamados de prumada), que alimentam todos os andares. Este tubo funciona como uma adutora, tubulação principal que irá alimenta cada setor.
    • Tubo gotejador: é o que de fato irá aspergir a água sobre a floreira. Pode ser superficial ou enterrado, conforme a situação.
Válvula solenoide e tubo de gotejo
Válvula solenoide e tubo de gotejo
  • Rede elétrica de comando: esta rede de baixa tenção (24v) liga o controlador e as válvulas solenoides. É por esta fiação que o comando “liga/desliga” chega até cada setor.

Segurança do Trabalho

Para finalizar, não podemos abordar esse tema sem falar de um dos fatores mais importantes ao se trabalhar com irrigação em floreiras: o trabalho em altura. Não é raro a necessidade de utilização de balancim, que é um andaime suspenso por cabos de aço, ou até mesmo de uma equipe de rapel. Por exigência legal é preciso que a equipe de instalação esteja devidamente capacitada e equipada para tal. As construtoras são rigorosas na contratação de empresas que possuam todos os documentos e treinamentos necessários, portanto não há espaço para amadores. As Normas Regulamentadoras 18 (Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção) e 35 (Trabalho em Altura), entre outras, deverão ser seguidas à risca para garantir a segurança dos trabalhadores e resguardar a empresa de irrigação e seu contratante.

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