O substrato é sempre um grande desafio para o jardins verticais, afinal, esse é um jardim com requisitos especiais e por isso devemos levar diversos fatores em consideração na hora de escolher ou montar o substrato. Entenda nesse artigo, quais são esses requisitos e fuja das “receitas prontas” que nem sempre são adaptadas à sua realidade.
O substrato é a base em que as plantas crescem e se desenvolvem. Ele é um dos fatores mais importantes na saúde das plantas. Assim, independente de você querer fazer seu seu próprio substrato ou preferir comprar pronto, é preciso entender o que é necessário para adquirir um substrato de qualidade. Além da própria necessidade das plantas, devemos entender que Jardins verticais tem particularidades, como por exemplo o peso da estrutura e o substrato tem interferência direta sobre isso. Assim, vamos conhecer quais são os requisitos dos substratos para jardins verticais:
9 Características principais de substratos para jardins verticais:
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- Baixa variação térmica: essa característica permite que mesmo sob sol pleno o substrato não aqueça demais, a ponto de prejudicar as plantas. Da mesma forma, um substrato com baixa variação não se torna excessivamente frio à noite, prejudicando as raízes. Por isso, um substrato refratário é a melhor opção para a saúde do sistema radicular das plantas.
- Deve ser leve: considerando que a parede precisa aguentar todo o peso do vertical e a capacidade do módulo Plastwall® é de 20kg, é preciso optar por um substrato mais leve, de forma que não sobrecarregue desnecessariamente a estrutura da construção. Além disso, o substrato de baixa densidade e consequentemente leve favorece o enraizamento da maioria das espécies.
- Durabilidade: um substrato que se degrada rapidamente, devido à atividade normal do intemperismo e organismos decompositores, acaba exigindo manutenção e trocas frequentes, o que não é desejável aos jardins verticais. Portanto, os verticais necessitam de substratos com baixa decomposição, sedimentação e compactação.
- Permeabilidade: é preciso que a água seja drenada e não se acumule no módulo (o que favorece o apodrecimento de raízes e o surgimento de doenças). O ideal é que o substrato fique úmido, mas preservando sua aeração.
- PH levemente ácido: o baixo pH colabora para a saúde das plantas utilizadas nos verticais, uma vez que elas são em sua maioria epífitas ou de subbosque. Essas espécies crescem em troncos e serrapilheira, ou seja, em materiais vegetais semi decompostos, os quais, geralmente, são levemente ácidos, por isso é importante privilegiar um pH entre 5 e 6.
- Alta capacidade de troca iônica (CTC): essa característica diz respeito à capacidade de liberação de nutrientes, favorecendo a fertilidade e reduzindo efeitos tóxicos da aplicação de fertilizantes. Substratos com altos teores de matéria orgânica são os que têm melhores valores de CTC.
- Limpo e livre de solo: ao contrário do que se pode pensar, não é interessante o uso de solo na composição do substrato. A presença de terra comum torna o substrato pesado, promove a sujeira no local da obra, além de muitas vezes vir contaminado com pragas, doenças e plantas daninhas.
- Livre de estercos: outro grande mito, é de que estercos de animais são fundamentais para o crescimento das plantas. No entanto, saiba que esse material tem características indesejáveis para jardins verticais, tal como a intensa contaminação com ervas daninhas e o cheiro desagradável, que em nada combina com o paisagismo de alto padrão que queremos entregar.
- Livre de húmus de minhoca: também não se deve utilizar esse famoso fertilizante, pois, além da textura pastosa que pode obstruir a drenagem, não há como garantir que ele não possua solo e provavelmente ele acompanhará ovos de minhoca, que não serão bem-vindas, em especial, em um ambiente interno (imagine o seu cliente se deparando com minhocas na sala de estar…).
É importante também alertar o seu cliente que restos de alimentos orgânicos não devem ser utilizados para adubar o vertical, pois na decomposição desses materiais crescem fungos e bactérias que podem ser oportunistas e provocar doenças nas plantas.
Dessa forma, saiba que é importante conversar com o produtor do substrato e não somente com o vendedor da floricultura, que muitas vezes não saberá a diferença entre um material e outro, evitando problemas. Você pode adquirir o substrato próprio da Acer Haus, produzido por uma empresa especializa, diretamente com a PlastPrime, que distribui nosso substrato.
No entanto, se você quiser montar o seu próprio substrato, segue uma sugestão de materiais que você pode utilizar para tal. Procure aproveitar materiais regionais que sejam econômicos, mas lembre-se que o jardim vertical é um produto premium e que merece os melhores materiais. Lembre-se que é o cliente que paga a conta e na maior parte das vezes o objetivo dele é um alto desempenho e não o menor custo. Saiba vender a qualidade que você está entregando.
Exemplos de materiais que podem ser utilizados na composição do substrato para jardim vertical:
- Casca de pinus compostada;
- Composto orgânico
- Turfa de esfagno (nacional ou canadense);
- Casca de macadâmia compostada;
- Vermiculita;
- Perlita;
- Casca de arroz carbonizada;
- Casca de amendoim compostada
- Cinasita (argila expandida) de baixa granulometria;
- Fibra de coco;
- Carvão britado
Como há grande variação nesses materiais, é impossível passar algum tipo de receita com proporções fixas. Se não quiser adquirir Faça suas misturas, experimente e veja como cada uma se comporta em suas paredes verdes. Lembre-se de avaliar o substrato ao longo do tempo e não apenas logo após o plantio. Alguns tem um bom desempenho no começo, mas rapidamente podem compactar ou se deteriorar.
O mesmo vale para o seu teor nutricional, que tende a não ser muito alto exigindo fertilizações regulares, principalmente se foram utilizados materiais inertes como vermiculita por exemplo, que tem pouco ou nenhum nutriente. O substrato da Acer Haus, recebe ainda na produção, uma dose de Osmocote que dispensa a adubação por cerca de 6 meses. Assim, temos um bom motivo para visitar nossos clientes um tempo depois, para fertilizar, podar, conferir a irrigação, mas principalmente, fortalecer nosso relacionamento e quem sabe realizar novas vendas para esse mesmo cliente.