COMO EXECUTAR JARDINS VERTICAIS ESPETACULARES?

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7 Erros que podem acabar com a beleza do jardim vertical

Com certeza, se você já trabalha com paisagismo, você já cometeu algum erro que comprometeu a beleza do seu projeto. Errar faz parte, mas é sempre bom evitar. Nesse artigo vou revelar para você 7 erros que podem acabar com a beleza do jardim vertical.

1. Misturar espécies

Todos que trabalham com paisagismo são malucos por plantas. Então, às vezes na empolgação, acabamos escolhendo várias espécies para compor o jardim vertical, fazendo uma verdadeira coleção de plantas, em especial no primeiro trabalho. Esse é um erro muito comum, que torna a parede verde um grande carnaval de plantas, sem muito planejamento. É por isso que eu sempre aconselho utilizar no máximo 12 espécies diferentes por projeto, de forma que o vertical não ficará bagunçado e sim harmonioso, com as devidas combinações.

O estilo urban jungle, por exemplo, é caracterizado por uma quantidade e disposição “exagerada” de plantas, com um aspecto mais despojado. Mas, isso não significa que não há planejamento lógico para compor o estilo. Por isso é importante que você selecione as plantas, rascunhe um projeto alocando-as pela parede verde, para somente então iniciar a obra.

2. Plantas que não se adaptam ao ambiente

O ambiente é o que determina o desenvolvimento de cada espécie em particular. Enquanto algumas gostam de ambiente mais fresco e sombreado, outras preferem sol pleno e calor, então conhecer as necessidades de cada espécie, assim como as particularidades ambientais do local de instalação, é fundamental para garantir um vertical saudável e plenamente adaptado.

É importante ter em mente que não devemos escolher as espécies somente pela aparência. De nada adianta escolher uma costela-de-adão, por exemplo, para um ambiente de sol pleno, pois as folhas irão amarelar e queimar, comprometendo a aspecto final do vertical.

Então, o conhecimento sobre cada espécie em particular irá agregar muito no seu trabalho. Procure anotar em um caderno ou arquivo no computador as condições de desenvolvimento de cada espécie na sua região, bem como suas experiências de plantas que se adaptaram bem (ou não) em determinados ambientes. Leve em consideração que uma planta que gosta de sombra no nordeste pode preferir o sol pleno no sul do país, por exemplo.

3. Ausência de luminosidade natural

A condição principal para o desenvolvimento de uma planta é a luz natural. Sabendo disso, é importante que o cliente esteja ciente que para ter uma parede verde ele precisará de um ambiente bem iluminado pelo sol, caso contrário as plantas irão ficar cada vez mais fracas e não desenvolverão todo o seu potencial estético.

Normalmente são mais problemáticos casos de ambientes internos que possuem cortinas ou película nas janelas. A luz pode ser filtrada, mas sem excessos. Por isso deixe claro para o seu cliente que a ausência de luz natural, mesmo que indireta, impede a construção de um jardim vertical. Além disso, especifique no contrato essa condição, para que posteriormente você não tenha prejuízos devido ao malcuidado.

4. Plantas dispostas em setores

Um jardim projetado com blocos simples terá um aspecto simplório que não combina em nada com um bom projeto paisagístico.

Um jardim vertical no método construtivo da Acer Haus é composto por linhas, de modo que a disposição dos módulos forma desenho lineares pela parede. Nesse sentido, há um erro muito comum, que pode ser chamado de trabalho preguiçoso e pouco criativo: ignorar que podemos fazer outras formas e desenhos e simplesmente utilizar as linhas de módulos para distribuir as plantas, ou seja, cada espécie é disposta em uma linha.

Esse tipo de disposição setorizada não favorece o destaque das espécies, deixando a parede verde com um aspecto estranho, com uma composição pobre. Portanto, fuja da organização linear, quadriculada ou blocada, pois o resultado não ficará nada profissional.

As formas geométricas podem ser utilizadas, desde que com a devida lógica de disposição das espécies, na intenção de criar um projeto único, com contrastes e harmonia. Então, para que a parede verde tenha todas as espécies destacadas procure contrastar cores, tamanhos e volumes. O expectador precisa ter a sensação de que os desenhos são intencionais, e não meramente acidentais.

5. Utilizar apenas plantas-estrela

As plantas-estrela são aquelas que se destacam no vertical, normalmente acompanhadas de forrações que favorecem esse destaque. Utilizar apenas plantas bonitas, chamativas e de grande valor ornamental também tornará o vertical um grande carnaval. Geralmente elas têm uma textura grossa, com folhas grandes, mas que acabam deixando falhas, em contraposição com as forrações, que tem uma textura fina e acabam cobrindo todos os espaços, sem se destacar.

Ou seja, as plantas-estrela, normalmente, não são capazes de cobrir os módulos, para isso combinamos plantas-estrelas com forrações. Logo, utilizar apenas espécies que chamam atenção deixará os módulos aparentes e, consequentemente, o vertical ficará feio. Dessa forma, desenvolver um projeto estratégico da disposição das plantas é extremamente importante para executar um jardim vertical de sucesso.

6.Utilizar plantas de crescimento muito rápido

Algumas espécies crescem rapidamente, o que pode ser favorável para cobrir os módulos que compõem a parede verde. No entanto, é preciso atenção para o comportamento particular de cada planta. Utilizar plantas que possuem crescimento rápido, mas perdem muitas folhas e exigem manutenção excessiva com mais adubações, replantios e podas frequentes, podem ser sinônimo de dor de cabeça para o seu cliente e consequentemente para sua empresa.

Logo é importante se atentar para que o vertical não atrapalhe o seu cliente, crescendo mais que o esperado ou sujando muito o ambiente. Preocupe-se com a intenção do cliente ao te contratar para instalar o vertical e não esqueça que o seu trabalho deve ser sempre uma solução, jamais um problema.

7. Utilizar plantas que precisam de cuidados especiais

Marantas são belíssimas e a não ser que consiga uma fonte de água não clorada ou salina, elas podem não se dar bem no jardim vertical, ficando sempre com as bordas das folhas queimadas.

Orquídeas ou marantas raras são exemplos de espécies que exigem cuidados específicos. As primeiras são muito exigentes em substrato, luminosidade, pH, etc, enquanto as segundas, não podem receber água clorada por exemplo. Elas necessitam de cuidados individualizados. É inegável que plantas como essas ficariam lindas no jardim vertical, mas precisamos ter a consciência de que no jardim vertical precisamos dar condições parecidas para todas as plantas do projeto (as quais são sempre de fácil adaptação). O que eu chamo de cuidados no atacado.

Portanto, mesmo que o cliente insista, não é recomendável acrescentar espécies muito exigentes, que necessitam de cuidados individualizados, porque provavelmente elas não irão se desenvolver plenamente e isso dará muita manutenção e reposição de plantas. Tome cuidado para não criar expectativas que não podem ser garantidas para o seu cliente.

Jardins verticais bonitos e saudáveis

Respeitar as condições de desenvolvimento das espécies é o principal fator para que seu jardim vertical dê certo. Para mais, procure explorar as texturas, cores e disposição das plantas de forma estratégica, privilegiando a cobertura dos módulos e os devidos destaques. Agora que você conhece os principais erros de projeto que prejudicam o resultado do vertical, você está pronto para planejar paredes verdes únicas.

 

Redação: Bruna Camargo Correa

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